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Uma situação muito comum na vida dos motoristas é o semáforo ou intercessão ao final de subidas íngremes, com a consequente retenção do tráfego.
Com carros parados na retaguarda, chega aquele momento delicado em que a gravidade começa a puxar o veículo para baixo e o condutor deve demonstrar perfeito controle de embreagem arrancando o carro na subida.
A sensação não é das mais agradáveis, principalmente se o veículo é grande ou pesado, sem falar nos desgastes de embreagem e pneu provocado por falhas dos motoristas nessas arrancadas.
Ao contrário do que se imagina, esses problemas não são exclusividade de novatos; muitos motoristas que já dirigem há algum tempo também sentem certa apreensão no instante exato de retomar o controle do carro.
Para a tranquilidade de milhares de condutores no mundo inteiro um sistema eletrônico foi desenvolvido justamente para as situações em que a gravidade parece desafiar as habilidades ao volante. Esse sistema é o assistente de partida em rampa (Hill assist, hill holder etc), mais um item de tecnologia embarcada com objetivo de aumentar a segurança e o conforto do motorista.
O assistente de partida em rampa é composto por diferentes sensores, bem como a unidade de comando eletrônico e os atuadores de freio subordinadas a ela.
Apesar das diferenças de cada montadora no que toca aos componentes do sistema, de maneira geral, os assistentes de partida em rampa podem incluir como sensores os de ângulo (ou inclinação), peso, torque e velocidade das rodas.
A unidade de comando eletrônico é um computador que recebe e processa os sinas e parâmetros recebidos desses diferentes sensores. É ela que decide quando os freios devem ser aplicados, mantendo o veículo parado ou preparando-o para a partida, em função do peso a que o motor é submetido (sensor de pressão ou peso), inclinação do terreno (sensor de ângulo) e torque necessário ao deslocamento (sensor de torque). O cálculo da resistência ao movimento é realizado pelos parâmetros inscritos em seu software e assim que ela detecta o momento adequado ao funcionamento do assistente de partida, ela envia um sinal eletrônico aos atuadores de freio que, convertendo o sinal em movimento físico, ativam as válvulas de freio, determinando seu acionamento por alguns segundos, até que o motorista consiga arrancar o carro.

Quando o veículo é híbrido o motor elétrico pode ser acionado no lugar dos atuadores de freio para aplicar força suficiente em sentido ao contrário impedindo que o carro desça o terreno íngreme.
Assim que o motorista começa a acelerar, o sensor de torque envia novos parâmetros à unidade de comando que, recalculando a resistência ao movimento e torque necessário ao deslocamento, envia novo sinal aos atuadores de freio para que a frenagem seja interrompida e o carro possa ser movido.
Além da tranquilidade e conforto do motorista, o assistente de partida em rampa ainda é fator de segurança, evitando colisões em arrancadas e estacionamentos em terrenos acidentados. Além disso, o sistema evita desgastes desnecessários à embreagem e freio de mão e ajuda a economia de combustível.
Ressalte-se, todavia, que esse mecanismo não exclui a cautela e a habilidade do motorista já que, após a média de três segundos o sistema é desativado, devendo o condutor pisar no acelerador para arrancada antes desse momento.
De qualquer modo, assim como a câmera de ré e os assistentes de estacionamento, o sistema é importante aliado da dirigibilidade, tornando a experiência de dirigir mais prazerosa e tranquila.
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