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Para muitos motoristas fazer baliza é um verdadeiro sofrimento. A tarefa fica especialmente difícil diante das estreitas vagas em grandes centros urbanos e o pior, combinadas com uma agenda apertada e a correria da vida moderna.
Por isso, entre as tecnologias veiculares mais apreciadas e necessárias nos dias de hoje está o estacionamento automático.
Além de facilitar a vida do motorista, ajuda prevenir os pequenos acidentes e a organizar melhor os espaços de estacionamento nos centros urbanos.
Mas o que é o estacionamento automático e como esse sistema funciona? É o que veremos neste post.
O que é e como surgiu o estacionamento automático?
O Estacionamento automático é um sistema eletrônico de manobra que calcula o espaço disponível na vaga e controla o direcionamento do volante para o estacionamento adequado.
A maioria dos sistemas utilizados atualmente não são completamente automáticos, mas, ao guiar as ações do motorista, transformam o estacionamento muito mais tranquilo.
De maneira geral são projetados para o auxílio ao motorista nas situações de baliza, ou estacionamento paralelo, mas já existem também projetos com estacionamento horizontal para auxiliar o motorista em vagas muito estreitas, como em garagens pequenas, sem falar do verdadeiro sistema de valet automático, controlado via smartphone ou smartwatch que independe de qualquer ação do motorista (em desenvolvimento para a BMWi3).
Na prática
A maioria dos sistemas de estacionamento automático ainda conta com a participação do motorista no controle da aceleração e frenagem do veículo durante as manobras de estacionamento.
De maneira geral o sistema funciona da seguinte maneira: ao mover o carro para a posição de estacionamento um sinal sonoro avisa ao motorista o momento correto de parar o carro para o início do sistema de manobra. Com o carro parado o motorista muda a marcha do veículo para a ré e começa a soltar o pedal do freio. O sistema é então acionado, conduzindo a direção do veículo para o estacionamento correto na vaga selecionada. Quando o carro atinge o limite traseiro da vaga, um novo sinal sonoro avisa o motorista para a frenagem e a troca da marcha para a posição Drive. Quando o carro está completamente estacionado um sinal final avisa o término da operação.
Origem
O sistema de estacionamento automáti
co ou Park Assist começou a ser anunciado no início dos anos 90, depois que os sensores eletromagnéticos foram reinventados e adaptados por Mauro Del Signore.
Apesar da VW propor o desenvolvimento da tecnologia em um dos seus centros de pesquisa já em 1992 e a Toyota em 1993, o primeiro protótipo foi desenvolvido para o carro elétrico experimental Ligier do instituto de pesquisa francês INRIA (Institut National de Recherche en Informatique et en Automatique), em meados dos anos 90.
Pouco tempo depois, em 2003, surgiu o primeiro carro comercializado com a tecnologia: o híbrido da Toyota, o Prius.
No Prius o estacionamento automático vinha com o nome de Intelligent Parking Assist System (IPAS) e funcionava basicamente com o computador de bordo, câmeras instaladas na traseira e frente do carro e alguns sensores. O painel do carro apresentava a imagem da vaga e o motorista determinava a exata posição do veículo dentro dela. A partir de então o IPAS tomava controle do volante para a manobra.
Alguns problemas de detecção estimularam upgrades rápidos em 2005 e 2006 que melhoraram a integração entre os sensores, o alcance, a detecção das faixas de estacionamento e a indicação do espaço adequado ou não para a manobra.
Junto com a Toyota/Lexus a Volvo também foi uma das primeiras a comercializar veículos com o sistema.
Como funciona o estacionamento automático?
Os diferentes sistemas de estacionamento automático adotam soluções variadas para seu funcionamento. Enquanto alguns utilizam sensores de aproximação nos parachoques (mais comuns), outros se servem de câmeras e radares para a detecção de objetos, enquanto outros apostam na combinação entre as opções.
Como os sensores são os mais utilizados atualmente, vamos comentar sobre o funcionamento deles.
Como vimos, o correto funcionamento do estacionamento automático depende da localização da vaga, posicionamento adequado do veículo e a execução de uma série de manobras para o correto estacionamento.
Os sensores de estacionamento emitem sinais que possibilitam o cálculo da distância do carro em relação aos objetos que o circundam. Esse cálculo é efetuado pelo tempo de reflexão dos sinais emitidos. Assim, os sensores emitem os sinais e captam a reflexão, em seguida enviam os dados para a central de comando que então realiza os cálculos para execução das manobras ou mesmo para o acionamento dos alarmes sonoros que alertam ao motorista quanto à possibilidade de contato com outros veículos ou obstáculos (durante o estacionamento comum, sem baliza).
A unidade central basicamente prevê e parametriza os perfis de controle de ângulo, direção e velocidade do veículo para determinar o caminho adequado dentro do espaço disponível. Esse controle e cálculo é realizado em tempo real, enquanto a manobra é executada.
A manobra acaba sendo, portanto, uma sequência de movimentos controlados pelos resultados encontrados pela central combinada à contribuição do motorista, que comanda os pedais de aceleração e freio.
Adicionais
Os sistemas de estacionamento podem ser incrementados com a ajuda do sistema multimídia do carro ou do próprio display eletrônico do painel para exibir notificações visuais informar leituras e dados.
Em algumas versões do Prius, por exemplo, há indicações quanto ao momento adequado de mudança de marchas e frenagem no painel.
Outra facilidade de alguns sistemas é a ativação automática dos sensores traseiros com o engate da marcha ré e a desativação dos dianteiros logo que o carro entre em movimento em velocidades de circulação.
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