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A correia dentada é peça fundamental para o funcionamento do motor. Neste post reunimos tudo que você precisa saber sobre ela, evitando prejuízos custosos.
Entendendo o funcionamento
O motor é um conjunto de elementos que, sincronizados, produzem a energia necessária para o deslocamento do carro.
Parte fundamental desse processo é, justamente, a sincronia. Se observarmos como as válvulas trabalham em conjunto com os pistões, velas e outros componentes, fica mais fácil compreendermos a importância dessa coordenação.
A imagem abaixo ilustra o sincronismo das peças nas etapas de trabalho dentro de um cilindro do motor.
A correia dentada (ou correia sincronizadora) trabalha com um sistema de polias e tensores no motor do carro justamente para manter a coordenação entre o tempo de abertura das válvulas, feito pelo comando de válvulas, e o movimento dos pistões no cilindro e virabrequim.
Quando a correia dentada se parte, a sincronia é perdida e os pistões podem se chocar com as válvulas, danificando todo sistema e interrompendo o funcionamento do motor.
Nessa história, pistões, bielas, válvulas e o próprio cabeçote podem sofrer estragos que serão caros de reparar. Uma retífica do cabeçote, por exemplo, não fica por menos de R$1.600,00. Em alguns casos, quando o rompimento da correia ocorre durante o funcionamento em altas rotações, em motores com alta taxa de compressão, o impacto pode ser tão intenso que ocorrem rachaduras e até mesmo a quebra de elementos, elevando ainda mais o prejuízo com a retífica completa do motor.
Por isso trocar a correia dentada nos prazos previstos é extremamente vantajoso, ainda mais se compararmos com o custo médio de uma peça nova, cerca de 250 reais.
Durabilidade da correia dentada
Uma correia dentada dura, em média, de 3 a 4 anos, em condições normais de uso, ou de acordo com a quilometragem prevista no manual, o que, em muitos casos, é até 50 mil quilômetros rodados.
Entretanto, muitos fatores podem prejudicar a conservação da peça.
Contato frequente com poeira ou pó abrasivo, por exemplo, como ocorre nas regiões de minério, pode reduzir a durabilidade da correia dentada pela metade do tempo previsto no manual.
Além disso, veículos que transitam apenas por trajetos curtos, em que não ocorre o completo aquecimento do motor, ou que andam em trechos urbanos com paralisações frequentes são abrangidos, segundo especialistas, pelas “condições severas de uso” alertadas nas maiorias dos manuais e, portanto, também devem substituir a correia dentada antes do período previsto.

O grande problema com a correia dentada é quando o proprietário do veículo não faz inspeção regular de sua conservação e transita nas condições de risco mencionadas. Nesses casos o ideal é solicitar a vistoria nas revisões programadas.
Para checar o estado da correia é preciso retirar uma capa protetora de plástico e procurar por sinais de trincas e desgastes avançados na borracha que, encontrados, são indícios da necessidade de troca imediata. Essa vistoria é feita na maioria das revisões programadas, mas não custa nada solicitar, especialmente se o carro roda em regiões próximas à extração de minério, como na região metropolitana de Belo Horizonte.
Além da correia a inspeção também deve analisar as condições do tensionador (peça que mantém a correia esticada) e das polias, para que o sistema todo rode corretamente.

Dependendo do projeto do motor e do objetivo do fabricante para o mercado, o carro pode ter correia dentada ou corrente.
Enquanto a correia é feita de borracha vulcanizada, a corrente é de metal e se assemelha às encontradas em bicicletas.
A principal vantagem das correntes é, sem dúvidas, a durabilidade, podendo ultrapassar os 100 mil quilômetros rodados antes da substituição. Porém além de aumentarem o nível de ruido do motor, o custo de manutenção do sistema é mais alto, cerca de três vezes mais caro.
No Brasil, carros com correia dentada são mais comuns.
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