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Cada vez mais populares no Brasil, as alternativas ao câmbio manual representam grande conforto para o motorista, principalmente em longas viagens ou na hora dos engarrafamentos, hoje tão comuns nos grandes centros urbanos.
Mas todo esse conforto demanda cuidados com manutenção e utilização adequada para impedir desgastes desnecessários e garantir a durabilidade do sistema.
São pequenos cuidados que, reunidos, podem fazer toda a diferença.
Pensando nisso, reunimos neste post dicas importantes para o prolongamento da vida útil das transmissões automáticas e, claro, para a preservação do seu bolso diante dos altos custos de reparação.
Cuidados básicos na utilização
Antes mesmo de tirar o carro da garagem é preciso atentar para algumas recomendações.
Muitos motoristas têm o hábito de subir rampas de estacionamento com o câmbio na posição D (drive) todas as manhãs. O ideal, nesse caso, é a seleção manual da primeira marcha (ou a posição L, quando presente), principalmente se o câmbio é automatizado, mais propenso a superaquecimentos. Diante de descidas prolongadas e acentuadas o mesmo cuidado deve ser adotado, já que segurar o carro apenas no pedal de freio pode superaquecer a peça e causar degradações.
Outro ponto de dúvida recorrente é na parada de semáforo. O indicado é deixar o câmbio na posição de dirigir (D) já que, com a mudança para o neutro, a pressão do sistema diminui e, consequentemente, o nível de lubrificação dos componentes. A variação constante no nível de lubrificação com sucessivas paradas em semáforo é um dos principais fatores associados à diminuição da vida útil do sistema.
Vale lembrar, por fim, sobre os primeiros passos do câmbio automático. Não se esqueça de, antes da partida, pisar no pedal do freio para liberar o engate, mudar o câmbio da posição de estacionamento (P) para a de dirigir (D) para só então soltar o freio de mão. Já no estacionamento, o recomendado é migrar de D para a posição neutra (N) e depois puxar o freio de mão, eliminando esforço no desengate. Finalmente, para acionar a marcha à ré é muito importante que o carro esteja completamente parado e que, antes de mudar para a posição R o botão de travamento seja acionado, quando presente.
Manutenção do câmbio
Além dos cuidados de utilização é preciso que o motorista atente, ainda, para os de manutenção.
Todo o funcionamento de uma caixa automática depende da circulação de óleo entre os componentes do sistema. O óleo, nesses casos, tem uma viscosidade particular, mais fina, de cor avermelhada, feita para trabalhar em altas temperaturas.
É indispensável acompanhar periodicamente o nível correto de óleo e realizar as trocas segundo as normas presentes nos manuais.
Ressalte-se que, às vezes, a vareta de medição fica um pouco escondida, perto do volante do motor e muitos modelos modernos nem a possuem; neste caso, é preciso levar o automóvel a uma oficina especializada para fazer a inspeção.
Já quanto ao câmbio CVT, por efetuar a ligação mecanicamente entre as polias, sem a necessidade de imersão em óleo, o que, por sinal, aumenta o aproveitamento de energia, tem, por outro lado, a necessidade de boa lubrificação.
Para que o sistema funcione corretamente, a viscosidade do óleo de lubrificação deve se manter estável diante do aumento de temperatura ocasionado pelo atrito natural entre os elementos.
Vale comentar, ainda, que uma das críticas comuns a esse sistema se refere justamente à falta de adaptação ao clima brasileiro, cujas temperaturas em geral mais elevadas influenciam diretamente na eficiência da lubrificação. Ainda hoje as montadoras não operaram as adaptações necessárias que, como especialistas apontam, poderiam ser resolvidas com a introdução de um sistema de arrefecimento e controle da temperatura do óleo lubrificante.
Até a mudança, o motorista também não pode se descuidar da verificação periódica dos níveis de óleo do CVT que, por sinal, é mais caro.
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